Santa Izabel do Pará - Pará - BR.

Santa Izabel do Pará - Pará - BR.
Cidade metropolitana

sábado, 3 de agosto de 2013

PUBLICIDADE

Antônio Costa Moraes nasceu a 16 de janeiro de 1951. Passou a infância na Rua de Nazaré, cidade de Vigia, onde todas as tarde jogava bola com os amigos, no extinto, campo da “Favera”, bairro do Portinho e na quadra do C30, hoje salão paroquial. Era torcedor do Uruitá. Na juventude disputou o campeonato, com os irmãos Quitão e Garrincha, pelo Comercial Futebol Clube, cujo presidente era o sargento Lima. A corrida era uma das modalidades que mais lhe rendeu títulos, quando participou de vários campeonatos em Belém do Pará. Em 17 de junho de 1972 casou com Rita de Oliveira, com quem teve 4 filhos: John, Cínthya, Alessandra e Michelly.
A vocação de comunicador começou cedo, quando brincava de locutor de futebol entre os amigos. Seu primeiro microfone (de brinquedo), feito de uma folha de papel enrolado em forma de canudo, com o qual narrava as partidas de futebol, que fazia muito bem. Aos 16 anos se tornou narrador oficial dos jogos na cidade de Vigia.
Em 1971, nascia “A. Moraes publicidade”, um pequeno estúdio ao lado da barbearia do saudoso Sapito, no Trapiche Municipal. Já instalava algumas caixas de som nos postes pelo centro da cidade. Nascia a alegria do povo vigiense nas ruas. Todos paravam para ouvir notícias diariamente. Às 18 horas, a esperada prece de “São Francisco de Assis” e o “Anjo do Senhor”. A. Moraes com seu jeito simples e brincalhão, cativou a todos e despertou a solidariedade entre os conterrâneos, com o programa “Corrente da Amizade”. Todos os dias a campanha voluntária tinha o objetivo de ajudar uma pessoa necessitada. No carnaval vigiense, A. Moraes teve uma participação bastante significativa, quando, em 1985, surgiu o “Bloco dos Palhaços”, que organizou com Joaquim Cardoso (Sapito). Em 2006 foi homenageado pela escola de samba “Prasamba”.
O jogador de futebol, corredor, comunicador, sambista, na década de 90 foi candidato a vereador, sendo um dos mais votados. Seus quatro anos de mandato foram marcados pelo auxilio e ajuda que prestou às comunidades carentes. No mesmo período, ele recebeu da Câmara Municipal de Vigia o título de Mérito Legislativo por reconhecimento aos serviços prestados para a comunidade vigiense. Em 2006 recebeu certificado de Honra ao Mérito da EMBRASPP (Empresa Brasileira de Pesquisa e Publicidade), pela sua atuação positiva na sociedade, sendo o 1º lugar e destaque nesse ano. Em 2007, ganha da Escola Estadual “Bertoldo Nunes” título de honra ao mérito pelos trabalhos dedicados à referida instituição.
A. Moraes iniciou a profissão de radialista, oficialmente, na rádio AM “Moreno Braga” e quando inaugurada a FM “Pérola do Salgado” (2005), passou a dirigir o programa “Alô! Vigia” de segunda a sexta, das 07 às 8 da manhã. Na sexta, apresentava o quadro “Clube das Viúvas” e aos sábados, ia ao ar, das 16 às 18 horas. - “Se amanhã eu estiver aqui, Deus estará comigo. Se eu não estiver aqui, eu estarei com Deus. Guarde no seu coração o que sente no meu olhar”: este bordão se tornou marca registrada da sua carreira profissional. Nos últimos quatro anos de vida, A. Moraes deu inicio a mais uma publicidade a “ACM”, bairro Novo Horizonte. Atualmente o comunicador apresentava o “Vigia em Foco” na TV Ideal ao lado de Edir César (diretor da referida TV). Quanto ao programa na rádio FM, a filha dará continuidade, a partir de agosto. Alessandra que já tem experiência em comunicação, pois dirige a “Publicidade A. Moraes”.
Em 2013, por motivo da doença (diabete) o comunicador passou a se sentir mal. No inicio de julho, foi para a UTI por 11 dias, no hospital São José (Castanhal). No dia 11, foi submetido a uma cirurgia para retirada da perna direita. Dia seguinte, à tarde, sofreu uma hemorragia, vindo a óbito às 16:15. O velório aconteceu na Sociedade Literária Beneficente “Cinco de Agosto”. A notícia do falecimento comoveu toda a cidade. Mais de 2 mil pessoas emocionadas acompanharam o enterro até o cemitério de São Francisco de Assis.

“A. Moraes foi um maravilhoso pai. Mesmo distante sempre estava presente nos apoiando”, desabafam as filhas Cinthya e Alessandra, que gentilmente forneceram um pedacinho dessa longa história.   
A. Moraes publicidade